sábado, 28 de junho de 2014

Um anjo chamado Rafael

Hoje me peguei tentando lembrar como eu era no início da minha adolescência, quando eu tinha doze, treze anos, mas não consegui. Pelo menos nenhuma lembrança mais significativa, a não ser que era uma fase em que tudo me causava imensa vergonha, por conta de uma timidez crônica que me acompanhou por muitos anos. 
Por isso, hoje ao homenagear o meu filho caçula, "criado no mimo", tentarei não fazê-lo"pagar mico" expondo a galeria de fotos desde os primeiros meses. Deixarei para fazê-lo quando ele completar dezoito anos. 
O que dizer, então, de um ser tão especial, cuja chegada em minha vida foi tão marcante? O que dizer deste companheiro, que amanhã fará treze anos e que já se sente tão adulto? O que dizer para o meu Rafinha neste momento em que ele começa a trilhar por caminhos que cada vez mais o afasta da sua infância e o leva ao mundo dos adultos? 
Você é um menino-homem especial, cuja missão é fazer feliz quem de você se aproxima. Esta maneira séria, organizada e leve de encarar a vida é tão especial, filho, que em alguns momentos desconfio que sou a filha e não a sua mãe. Pois você me ensina todos os dias a ser mais organizada, mais responsável e mais adulta.
Mas hoje preciso lhe ensinar algo, filho: a vida é bela, mesmo sendo dura às vezes, por isso sempre a encare com este olhar de criança que você ainda tem e viva, simplesmente viva muito, porque você é fonte de alegria e de amor para mim e para todos nós que lhe amamos. 
Seja anjo, seja luz, seja Rafael, o meu protetor. Feliz aniversário amanhã, no próximo ano e em todos os outros inúmeros anos que virão. 
Eternize-se! 






















quinta-feira, 26 de junho de 2014

A vida me ensinou a “amadurecer” sonhos

A minha avó costumava dizer “guarde o que não precisa, para quando precisar ter”, entretanto eu diria que o mais correto seria “guarde o que não precisa, para quando precisar nunca achar”, pelo menos, não aquilo que se está procurando no momento, pois sempre encontraremos outras coisas que estavam guardadas/perdidas e que nem mais lembrávamos delas.
Hoje precisei procurar algo, que meu marido jura que fui a “guardadora” e deparei-me com um monte de outras coisas que nem sequer lembrava-me mais: fotos, documentos, textos, lembranças, enfim, aquelas coisas que nunca temos coragem de jogarmos diretamente no lixo, e as arquivamos para “quando precisar”.
E dentre todas as lembranças e guardados que encontrei, lá estavam alguns dos meus textos que escrevi há muitos e muitos e muitos anos: um poema que fiz para a minha avó, o esboço de um livro infantil que comecei para algum filho de alguma das minhas amigas, poemas de amor e de solidão, o início de um romance (estilo Sabrina) e o conto que escrevi para participar de um concurso literário da primeira Festa das Águas, ainda no governo do Sr. Zé de Julião, com o qual fiquei em segundo lugar e ganhei uma poupança no Banco do Brasil, que destinei para juntar economias pra torrar tudo na lua-de-mel, anos depois.
Gostei de reler os meus escritos e gostei mais ainda de relembrar o quanto eu era sonhadora e feliz naquela época. Não que eu não o seja atualmente, mas naquela época tratava-se de uma felicidade que era obtida com situações bem mais simples, com pequenas coisas adquiridas e com sonhos e idealizações, que me faziam confiar mais na vida e, consequentemente ser mais feliz.
Em algum lugar já li que a felicidade encontra-se nas pequenas coisas, das quais vamos perdendo as percepções delas a medida em que vamos “ficando adultos”; na medida em que perdemos a capacidade de sermos felizes com as coisas mais simples e cotidianas, na medida em que perdemos o brilho no olhar e deixamos de sonhar com coisas que em algum momento de nossas vidas, alguém nos fez acreditar que elas seriam impossíveis de se realizar.
Naquela época, fui feliz em saber que, dentre tantos contos inscritos, eu havia perdido apenas para o conto de Aldo, amigo querido de longas datas, que tinha um estilo de escrever muito lindo. E eu sonhei que poderia vir a ser uma grande escritora um dia. E fui imensamente feliz, pela coragem que tive em participar do concurso, pela colocação obtida e também pelo prêmio, cujo valor nem me recordo mais, mas que serviu de incentivo e base para iniciar uma poupança juntamente com o meu noivo.
Após tanto tempo e com tantas mudanças em minha vida, recordar aquele momento em que fui imensamente feliz, me fez feliz novamente e, se não cheguei a ser a grande escritora que um dia sonhei, é porque de fato era apenas mais um dos muitos sonhos que acalentei durante a minha infância/adolescência e não o SONHO da minha vida, por isso não me sinto frustrada, pois a vida me ensinou a “amadurecer” sonhos, transformando-os em coisas passíveis de realizações: por isso este blog.  E um dia, quando eu já estiver aposentada, juntarei todas as crônicas escritas ou apenas imaginadas em meu tão sonhado livro.

Afinal, já plantei árvores, já tive meus filhos, falta-me apenas o livro, vontade não falta, já talento... Mas não podemos ter tudo, não é?

terça-feira, 24 de junho de 2014

Sonhando com uma Pasárgada

Na edição de maio deste ano da Revista Casa Claudia, ao me deparar com uma reportagem que parecia ter sido escrita para mim, sobre uma casa, que bem poderia ser minha, eu me encantei. E, ainda embalada pelas imagens poéticas daquela casa, cuja dona eu não conhecia, mas cujos gostos se aproximavam demais do meu, eu escrevi para a Revista Casa Claudia, expondo os meus sentimentos daquele momento.
Qual não foi a minha surpresa ao receber um e-mail resposta do editor chefe desta revista, o próprio Pedro Ariel, que agradecia e elogiava o meu texto ao mesmo tempo em que comunicava que iria publicá-lo na edição de junho. Ao lhe responder, disse-lhe da minha admiração pela forma como ele escrevia e que seus elogios me envaideciam demais e ficaria aguardando ansiosa a publicação seguinte.
Nunca a minha revista de assinante demorou tanto a chegar, parecia interminável o tempo da espera, mas enfim chegou e decidi dividir cm vocês este "pequeno momento de glória" que vivi ao ver partes do meu texto publicado numa revista da qual sou fã e colecionadora, na qual sempre encontro as Pasárgadas que necessito para recarregar meus sonhos e continuar sendo feliz em um cotidiano de professora: cheio de tarefas, estudos e afazeres.



segunda-feira, 16 de junho de 2014

Rosi e o seu imenso amor pela vida

Há algumas décadas, quando atravessava a fase mais difícil da vida de uma pessoa, a adolescência, conheci e convivi mais de perto com uma pessoa linda, que, apesar de todas as limitações impostas pelo seu corpinho frágil, devido à poliomelite que a acometera na infância, era uma pessoa forte, lindamente forte e sonhadora. E nunca a vi se queixar de nada, nem se lastimar ou se lamentar devido as suas limitações.
Uma menina-moça bem humorada, vaidosa, carinhosa e muito leal em suas amizades. E vivemos bons momentos juntos, pois perto dela todos nós esquecíamos aquelas idiotices que às vezes nos faziam chorar e se lamentar, como uma espinha que aparecia antes de uma festa programada, ou o paquera que começava a namorar com alguém antes que tivéssemos a chance de nos declararmos. Como sofrer por tão pouco, se tínhamos Rosilene tão forte ali do nosso lado?
Rosi e sua cadeira de rodas, que a pintamos de rosa, sua cor preferida, e que tínhamos prazer em sairmos a empurrá-la "rua acima e rua abaixo". Até o dia em que ela apareceu com a sua cadeira motorizada, tornando-se independente e ganhando o mundo com uma liberdade maior.
Rosi e seus belíssimos bordados, sempre a lhe ocupar o tempo e os sonhos e a lhe render algum dinheiro, para que se sentisse mais independente ainda.
Rosi e o seu imenso amor pela vida, pelas pessoas, por tudo que fosse belo e que indicasse movimento, juventude. E vibramos juntos quando ela passou no vestibular e sofremos juntos quando ela não pôde continuar estudando, pois o prédio da faculdade não era adaptado para cadeirantes e ela não se sentia bem por não poder ser independente também lá na faculdade. Mas que nem isso lhe tirou a felicidade de viver e ela foi ser funcionária pública, trabalhar na secretaria da EJRC, sempre sorridente, afinal retornava para a sua escola do coração, deixando de ser apenas uma ex-aluna.
E vieram as "atribulações da idade adulta", que nos afastam de pessoas que deveríamos estar sempre perto, e passei a ver Rosi tão pouco, mas sempre que a encontrava, ela estava com o seu sorriso largo, seu olhar meigo, sem cobranças, nem perguntas. Sorrindo e acolhendo a mim e a todos que faziam parte da vida dela. 
Rosi que hoje foi para junto de Deus, continuar sua caminhada, agora sem mais necessidade de uma cadeira de rodas, pois com certeza estará amparada por anjos, aos quais, não tenho dúvidas, ela solicitará que estejam todos vestidos de rosa, em variadas nuances, e por conta da sua cara de sapeca e de suas gargalhadas felizes, todos irão concordar imediatamente.
Rosinha, minha doce amiga, seja feliz, jamais esquecerei o exemplo de vida que você deixa para todos aqueles que tiveram a sorte de lhe conhecer. 
Guardarei as doces lembranças de tantos momentos bons que compartilhamos.
Até qualquer dia!

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Recital Itinerante "Se se morre de amor!", em homenagem aos 150 anos de falecimento de Gonçalves Dias

O Projeto O LIVRO QUE EU LI - ANO IV/2014, vivenciou hoje uma das ações planejadas para este ano letivo: os alunos do 2º Ensino Médio, turma B, apresentaram o Recital Itinerante "Se se morre de amor!", em homenagem aos 150 anos de falecimento de Gonçalves Dias. 
A atividade foi organizada pelos próprios alunos, em grupos, sob a minha supervisão. A partir da leitura dos livros dos poetas do Romantismo brasileiro, eles escolheram os poemas, ensaiaram e hoje recitaram nas turmas da tarde. 
A princípio, todos estavam temerosos, aos poucos foram perdendo o medo e a timidez e se descontraíram, aproveitando o momento. O que resultou em um trabalho agradável e descontraído, trazendo "um pouco de poesia para alegrar as nossas tardes de aulas", como bem disseram alguns ao se apresentarem para as turmas e seus professores. 
Uma boa maneira para dar adeus às aulas e ficar à espera das férias escolares, que se iniciarão na próxima semana.
Eis alguns registros feitos: