segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

PROJETO O LIVRO QUE EU LI - ANO IV/2014 II CONCURSO DE REDAÇÃO DO 1º MÉDIO "A"/2014. TEXTOS VENCEDORES

PROJETO O LIVRO QUE EU LI - ANO IV/2014 
II CONCURSO DE REDAÇÃO DO 1º MÉDIO "A"/2014.


TEXTOS VENCEDORES:

I - MODALIDADE: POEMA

















TÍTULO: DEVANEIOS PROFUNDOS 
AUTORA:  Mírian Martins Lira

Tive um devaneio ontem.
Um novo mundo conheci.
Longas estradas, enormes montes.
O mais lindo que já vi.
Cantos, canções exuberantes.
Campos de flores dançantes.
Tão alegre eu sorri.

Águas cristalinas escorriam
Bem de leve,
Ecoando um som nas nuvens,
Tão branquinhas feito neve.
Posso ver tua bondade.
Mundo de honestidade.
Voltarei então, em breve.

Ilhas, montes flutuavam,
Num céu azul e celeste.
“Devagarosamente” andando,
Norte, sul, leste e oeste.
Que encanto me trazia
Manhã, tarde, noite e dia.
Aquele Monte Everest.

Aqui a paz governa,
Não tem dor e nem tristeza.
Não tem rico, nem tem pobre,
Escravo, nem realeza.
Aqui a pura verdade,
É que nossa liberdade,
Sem dúvida é a maior riqueza.

Com os olhos eu ouço
O canto dos “passarins”.
Com os ouvidos eu vejo,
O voo dos bem-te-vis.
Quero morar nesse mundo.
Onde tudo é muito tudo.
Posso então ser aprendiz.

Aqui não tem cidade,
Não tem rua e nem estrada.
Só tem a natureza,
Não tem veículo e nem morada.
Ô mundo bonito,
Ô imenso infinito,
Bem melhor que a Pasárgada.

Se Deus me permitir,
Trarei todas as crianças.
Adultos e idosos
Terão sempre esperança.
De viver em harmonia,
Ser feliz a cada dia,
Com amor e sem tardança.

Tive um devaneio ontem.
Um novo mundo deixei.
Longas estradas, enormes montes
Que jamais esquecerei.
Posso ver tua bondade,
Mundo de honestidade,
Com certeza voltarei.

Se Deus permitir, voltarei.

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I - MODALIDADE: CONTO

TÍTULO: POR VINGANÇA
AUTORA: Roselma Maria da Silva

Ana era uma moça simples, ela morava com seus pais e sua irmã em uma cidade, no interior da Bahia. Tinha apenas 18 anos, mas já despertava o interesse de muitos rapazes. Estudava em uma escola pública da cidade. Era muito bonita, o que causava inveja em suas colegas de classe do último ano do Ensino Médio.
Junto com suas amigas, gostava de frequentar as festas que duravam até o dia seguinte, de curtir e se divertir, mas nunca se envolvera em coisas erradas.Certo dia, véspera de ano novo, foi a uma festa no centro da cidade, em meio a música e pessoas, conheceu um rapaz, Sérgio, de 25 anos, que logo a chamou para dançar.
Daí em diante, começaram a sair e, em pouco tempo, estavam namorando. Sua mãe achava que aquele namoro não daria certo, ele era mais velho do que ela. Mas Ana sempre dizia que era só implicância de sua mãe. O tempo passou e as coisas já não eram como antes, Sérgio não a visitava mais e nem ligava para saber de sua namorada. Pelo bairro corriam boatos de que ele a enganava com outra mulher. Diante de tanta desconfiança e indiferença, Ana o procurou e terminou o namoro, ele jurou que ainda voltaria.
Passaram-se dois anos, ela conheceu outro rapaz, de boa família e honesto, logo começaram a namorar, viviam felizes e sorridentes, algo que causaria inveja, faziam planos para o futuro e pensavam até em casamento.
Antônio e Ana combinaram de saírem no sábado à noite para curtir um pagode e isto fizeram. Quando estavam felizes no bar, Sérgio chegou, sentou-se em uma das mesas, neste momento Ana ficou apreensiva e assustada. Antônio, sem entender, perguntou: "você está se sentindo mal?" E ela respondeu: "Vamos embora daqui, algo de ruim vai acontecer". Os dois pagaram a conta e saíram andando. às nove horas da noite de sábado, em uma rua escura e deserta, chovia forte e fazia um frio congelante. Ela percebeu que alguém os seguia, mas ignorou e continuou andando. Já estavam perto de casa, quando Antônio, que ia de mãos dadas com ela, caiu. Um tiro de rifle. Sem saber o que fazer, Ana começou a gritar inutilmente. Sérgio se aproximou lentamente, amordaçou a sua boca e, com um tom de deboche, disse: "Eu te avisei que voltaria, não foi?"
No dia seguinte, encontraram o corpo de Antônio e uma sandália de Ana.
E nunca mais ninguém soube do paradeiro da menina Ana.

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MODALIDADE: CRÔNICA
TÍTULO: O inesquecível 7 x 1
AUTORA: Roselma Maria da Silva

Nunca gostei muito de futebol, na verdade achava uma bobagem ver as pessoas correndo de uma bola, como se a bola fosse um bandido fugindo da polícia. Mas curiosamente começou a surgir uma certa admiração, de origem até então desconhecida. Durante a Copa do Mundo de Futebol (2014), realizada aqui neste país tropical, de belas mulheres e morenos de arrancar suspiros, tornei-me uma torcedora fanática da seleção brasileira, é claro.
Assisti a todos os jogos da nossa seleção, coisa que jamais imaginei que faria, vi a estréia contra a Croácia, em doze de junho, e assisti também a partida contra a Alemanha.
Lembrar daquela partida é mexer com a ferida ainda recente do brasileiro. Acreditávamos que seríamos hexa campeões. Seria bom demais ser campeão e ainda por cima em nossa casa. Em todos os lugares, o verde e o amarelo eram protagonistas. Os olhos do mundo estavam voltados para o Brasil, tínhamos uma "moral futebolística" a zelar.
Mas aquele dia não era o nosso dia de sorte. Levamos um gol logo de início, mas ainda dava para virar, afinal era apenas um gol. De repente pisquei o olho e já estava 7 x 1 para os germânicos. O que depois viria a ser chamado de apagão, o Neymar não estava lá pra salvar a pátria.
E agora? As lágrimas começaram a cair. Tentei esconder o rosto com o travesseiro, não ficaria bem pra mim se me vissem chorando. O sonho do hexa tinha acabado, puxa vida! Eu rezei para ganharmos do Chile e ganhamos, mas contra a Alemanha, faltaram-me palavras.
Para nossa insatisfação maior, os germânicos comemoraram, desfrutaram das nossas riquezas e ainda ganharam fama de simpáticos. Os noticiários falavam da vergonhosa derrota brasileira, ao mesmo tempo em que elogiavam os germânicos.
Pode isso?






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