sexta-feira, 22 de agosto de 2014

CRÔNICAS VENCEDORAS DO I CONCURSO DE REDAÇÃO DO 1º ENSINO MÉDIO "A"

PROJETO O LIVRO QUE EU LI - ANO IV/2014. 
I CONCURSO DE REDAÇÃO. GÊNERO TEXTUAL: CRÔNICA.
TURMA: 1º ENSINO MÉDIO "A".

RESULTADO:


1º LUGAR

AUTORA: ALBA GAMA DA SILVA



Minha primeira crônica

Diante das fronteiras da vida, ontem acabei de ler um livro que falava sobre elas. E ao abri-lo, parecia uma porta e ao entrar, deparei-me com aquelas belas palavras que me encantaram. O livro era de Rachel de Queiroz, chamado "Cenas brasileiras", que me mostrou, de maneira diferente, as coisas da vida. Foi tão interessante lê-lo, que até comentei sobre ele com outras pessoas. É uma obra clara que reúne várias crônicas com uma linguagem que me chamou a atenção por estar relacionada aos problemas sociais do Nordeste. 
Eu me esbarrei em um portal, era o do passado, talvez fosse! Apenas histórias antigas que minha avó Maria José me contava sentada em uma cadeira de balanço.
Uma das crônicas, em especial, me emocionou e me deixou feliz ao relembrar o que já estava quase apagado em minha memória, "O punhado de farinha" era o título desta crônica, que relatava a história de um homem que tinha a mania de comer um punhado de farinha depois das suas refeições e, por esse costume, ele acabou morrendo.
A autora nordestina não só me encantou com seus textos, mas com sua forma de expressar a realidade do Brasil e de ver a sociedade da maneira que realmente é. Talvez o meu encantamento pelo livro não seja tudo isso que citei, mas sim das cenas brasileiras, e, através desta obra, encontrei inspiração para a minha primeira crônica.

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2º LUGAR

AUTORA: Maria Leonália Oliveira dos Santos


Procurando inspiração

Eu tentei por semanas, foram horas e horas, mas a mente estava vazia, eu só precisava de inspiração, queria também entender aquele vazio, porém o que eu realmente queria era criar uma crônica, fiz o que pude naquelas férias, elas se foram e levaram com elas o tempo que a professora deu para entregar a crônica e, para minha sorte, ela não apareceu nos primeiros dias de aula. Eu até havia criado alguns rascunhos, mas eles perderam o sentido, era para ser criada, inspirada em um livro, e eu com certeza teria mais chances com os meus sentimentos.
E compreendo a razão daquele vazio. Comecei a ler o livro que mal dei atenção, chamado "Eis aí, aconteceu", uma obra de Esther Steremberg. Agora sim, eu tinha motivos para estar feliz. Com os olhos voltados ao passado, revivi parte da minha infância lendo a crônica "A canção de ninar", me emocionei,  lembrei de pessoas que já se foram. Li, em uma linguagem poética, "As flores me falam de amor". Entre as mais interessantes estava "Os porquês e os senões", de repente senti vontade de comentar com alguém, embora confesso, tive vergonha, talvez fosse apenas medo das pessoas me chamarem de maluca, pelo meu jeito estranho de rir lendo as crônicas, eu mesma ri de mim.
Então pensei "eu não sou maluca, sou somente uma estudante do ensino médio que está tentando se dar bem em português". Naquele momento apareceu um amigo e disse "você não é mesmo uma maluca e não devia estar preocupada, a linguagem do livro é clara e fácil o suficiente para inspirar você. Pode parecer absurdo, mas você e o livro são iguais: guardam coisas boas, a diferença é que o livro não esconde nada". 
Ele estava certo, Esther foi maravilhosa em sua criação, tanto que me fez viajar no tempo. Já era mesmo hora de dar um fim naquela preocupação. De repente, a mente cheia de palavras perdidas deram outras que preencheram as linhas em branco, dando sentido a minha crônica. Me veio a sensação de que estava faltando alguma coisa, pensei que fosse dizer como me senti feliz ao ler aquele livro, não era isso, estava faltando acrescentar um título e eu acrescentei. Não ficou perfeito. A crônica também não era das melhores, mas foi o que eu consegui atormentando a minha mente procurando inspiração.

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Queridas alunas, Alba e Leonália, espero que esta criação seja a primeira de muitas outras, pois quando nos tornamos leitores de fato, sentimos a necessidade de também nos expressarmos através da escrita. 
Leiam muito e escrevam sempre, buscando inspiração em tudo que chamar a atenção de vocês, naquilo que pareça mais banal, presente em seu cotidiano, ao que seja mais surpreendente e distante, não importa. Escrevam, se exponham, se expressem e um dia, quem sabe, vocês produzirão livros, que serão frutos para a inspiração de outros jovens que virão. Tudo é possível. Basta querer e fazer por onde!
Continuem neste caminho e vocês terão muito mais inspiração e motivos para se expressarem. 
Alegrem-se, a entrega dos prêmios ocorrerá em setembro. Aguardem, meninas!



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